quarta-feira, 17 de março de 2010

A origem dos sotaques brasileiro

No século XVI, quando os portugueses colonizaram o Brasil, eles descobriram muitas línguas indígenas, que por sua vez modificaram o português dos primeiros colonos. Os jesuítas simplificaram o tupi-guarani, mas com a expulsão deles em 1759, o português ganhou alterações e se tornou definitivo.

No Brasil, os sotaques, os dialetos e a gíria têm variantes regionais. Acrescentamos à língua portuguesa nossas próprias inovações. Incluímos nela um pouco das línguas dos índios, introduzimos novas formas à gramática; herdadas dos escravos negros e também introduzimos os sotaques de milhões de imigrantes europeus e asiáticos. Deu algo esquisito: um arcaísmo moderno.

Tipos de sotaques

Paulista: é fruto da combinação de influências estrangeiras e de outras regiões brasileiras.

Região Sul: Os tropeiros paulistas entraram no Sul no século XVIII pelo interior, passando por Curitiba. O litoral sulista foi ocupado pelo governo português na mesma época com a transferência de imigrantes das Ilhas Açores. A isso se deve a formação de dois dialetos. Na costa, fala-se "tu", como é comum até hoje em Portugal. No interior de Santa Catarina, adota-se o "você", provavelmente espalhado pelos paulistas.

Carioca: pronuncia “ch" em vez de "s".

Gaúcho: O gaúcho fala um português com mistura de espanhol.

Nordestino: se expressa mais lentamente, enquanto que as entonações do Cearense são muitas vezes incompreensíveis pelos habitantes de outras regiões.

Dicionário Goianês

Para fechar a série sobre Goiânia , um artigo importantíssimo. Um micro-dicionário goianês-português para você, quando vier conhecer a cidade, poder usufruir de toda a simpatia do povo goianiense, entendendo tudo que ele diz!

Obs.: Os verbetes abaixo servem para todo o estado de Goiás.

Deixa eu te falar – Com a variação Ow, deixa eu te falar. Introdução goiana para um assunto sério. Nunca, mas nunca mesmo, chegue para um Goiano falando diretamente o que você tem que falar. Primeiro você tem que dizer ow, deixa eu te falar, para prepará-lo para o assunto. Em Goiás você precisa seguir o ritual de uma conversação. Ex.: “E aí, bão? E o Goiás, hein? Perdeu! Tem base? É por isso que eu torço pro Vila. Oww, deixa eu te falar, lembra aquele negócio que eu te pedi…” A forma abreviada é te falar.


Deixa eu te perguntar – A mesma coisa que deixa eu te falar, mas usado, obviamente, quando você vai perguntar algo.


Chega dói – Chega a doer. Ex.: Deixa eu te falar, essa luz é tão forte que chega dói a vista. Na verdade essa forma pode ser usada com quaisquer outros verbos combinados com o verbo “chegar”. Ex.: chega arranha, chega machuca,chega engasga.


Chega doeu – Chegou a doer, ou seja, o passado de chega dói.obs: Muita gente não entendeu o porquê desse verbete no passado se já se usou o verbete no presente; afinal tratar-se-ia de conjugação verbal simples, não é mesmo? Mas a fato é que quando existe uma conjunção verbal, é o verbo auxiliar (chegar) que determina o tempo da conjunção. No Goianês é diferente. É o verbo principal que é conjugado.


Uai – Palavra que normalmente não tem sentido, mais ou menos como o tchêdo gaúcho. Usado normalmente em respostas. Ex.: Pergunta: Goiano, você vai à festa hoje?; Resposta: Uai, vou!.obs: Dá impressão que o uai é parecido com o usado em outras regiões. Mas o muitas vezes é usado no caso de a pessoa achar a pergunta estranha. Cheguei a me revoltar bastante com o uso do “uai” nas frases quando vim pra cá, pois achava que as pessoas estavam insinuando que eu estava perguntando alguma idiotice. Só depois aprendi que as pessoas falam uai por falar.


Encabulado – Impressionado. Ex.: Estou encabulado que você nunca tenha ouvido alguém falar ‘chega dói’ antes.


Bão? – Goianês para “Tudo bem?” Também é usada a forma bããããão?


Tá boa? – Goianês para “Tudo bem?” usado para mulheres. Em outras regiões do Brasil seria interpretado de outra forma…


Bão mesmo? – É comum usar o “mesmo?” depois de coisas como “e aí, tá bom/bão”, como se pedisse uma confirmação de que a pessoa tá bem e não apenas fingindo que está bem.


Piqui – Pequi, fruto típico de Goiás, bastante usado na culinária Goiana.


Mais – substituto goiano da conjunção “E“. Ex.: Eu mais fulano estamos no Goiás.


No Goiás – Em Goiás.


Na Goiânia – Em Goiânia.


Pit Dog – Uma espécie de filho bastardo de uma lanchonete com uma barraquinha de cachorro-quente. Apesar desse nome estranho, os sanduíches são muito bons!


Queijim – Rotatória.


Tem base? – Expressão tão goiana que existe até em slogan impresso em bandeiras e camisetas exaltando o estado: “Sou goiano. Tem base?”. Pode ser traduzido como “Pode uma coisa dessas?”, só que usado com muito mais frequência.



Mandruvá
- Mandorová.


Coró – mesmo que mandruvá, segundo meus tutores de goianês.


Dar rata – Algo como cometer uma gafe. Ou seja, dar rata é o goianês para “fazer gumpice


Calçada – Pode significar: 1. Lugar para estacionar carros; 2. Local onde se colocam as mesas dos botecos e restaurantes. Note que não existe em Goiás calçada no sentido de lugar para pedestre, pois não sobra espaço para pedestres entre os carros e as mesas.

Anêim – Algo que parece ter vindo de “Ah, não!“, que virou “Ah, nem!” Mas às vezes é simplesmente usado na frase com um sentido de desagrado. Quando vejo escrito por aí, vejo o povo escrevendo “anein“, “aneim“, “anêim” e outras variantes.


Arvre – Árvore (isso me lembra “As arvres somos nozes”)


Arvrinha – Árvore pequena.


Arvrona – Árvore grande.


Madurar – Amadurecer.


Corguim – Lê-se córrr-guim. Diminutivo de corgo.


Corgo – Lê-se córrr-go. Córrego.


Quando é fé – Algo como de repente, ou até que. Ex.: “Estava no consultório do dentista, ouvindo aquele barulhinho de broca, e quando é fé sai um menininho chorando de lá.


Num dô conta – Pode ser traduzido como Não consigo, Não sei, não quero, não gosto, etc. No resto do país, não dar conta é usado mais no sentido de “não aguentar”. Por exemplo: Não dei conta do recado, ou Não dou conta de comer isso tudo sozinho. Já aqui em Goiás é usado para quase tudo. Ex.: Num dô conta de falar inglês (“não sei falar inglês”); Num dô conta de continuar em Goiânia nas férias (“Não quero/não aguento continuar em Goiânia nas férias); Num dô conta de imprimir usando esse programa (“não sei imprimir usando esse programa”).


De sal – Salgado. Ex.: Pamonha de Sal. (Eu jurava que era de milho… dãã)


De doce – Se “de sal” é salgado, então “de açúcar” é doce, certo? Errado! Em Goiás as coisas não são doces, elas são de doce.


Caçar – Procurar. Goiano não procura, goiano caça. Ex.: “Estive te caçando o dia inteiro“. “Não sei onde está, mas vou caçar esse papel para você.”


Trem – Qualquer coisa pode ser chamada de trem, inclusive um trem. Ex.: “Ôôô trem bão!” (ô, coisa boa!) Já ouvi até mesmo a seguinte declaração de amor: “Te amo, Trem!“.


Demais da conta – Em Goiás, deve-se evitar utilizar a palavra “demais” isolada. A forma correta é “demais da conta”. Ex.: “Gosto disso demais da conta!“. “Conheço a região demais da conta!


Custoso – Essa quem lembrou foi a Daniella, nos comentários. Na definição dela significa teimoso. Também ouço como se fosse algo que dê trabalho. “Esse moleque é custoso demais da conta!


Barriga-verde – como já ouvi aqui em Goiás, “pra baixo de São Paulo todo mundo é gaúcho”; portanto o termo barriga-verde nada tem a ver com o usado no sul, que significa “catarinense”. Barriga-verde aqui é um novato, alguém que ainda está “cru” numa determinada coisa.


Disco – Um tipo de salgado frito.


Voadeira – Voadora (o golpe, agressão).


Ou quá? – Algo como “ou o quê?”. Ex.: “Você vai sair com a gente ou quá?”


Vende-se este – Aqui em Goiânia é muito mais comum ver placas dizendo “Vende-se Este” colada num carro, do que simplesmente “Vende-se“. É como se quem escreveu pensasse “vende-se? Vende-se o que?“, mas também ficasse com preguiça de escrever “Vende-se este carro“. Fica o meio termo.


Final de tarde – Sabe aquela mania chata das propagandas de uma marca de cerveja de tentar mudar a quarta-feira para Zeca-Feira e o Happy Hour paraZeca-Hora? Pois é, ao menos o Happy Hour já foi aportuguesado por aqui. Chama-se “Final de tarde“, e na prática é o happy hour: você sai do trabalho e vai tomar uma com os amigos. Acompanha espetinho e feijão tropeiro, é claro!


Fi – Creio que vem de “Filho”, é usado no fim da frase, como se fosse um “tchê” gaúcho ou um “meu” paulista. Ex.: “Esse é o melhor, fi!“, “Nossinhora, fi! Bão demais da conta!“.


Coca Média – Refrigerante médio é o de garrafinha de 290ml. Ou seja, o menor que costuma ser vendido em restaurantes. Nota do Gump: Na última vez em que estive em Curitiba pedi uma coca média, por costume adquirido em Goiânia, e a mulher ficou me olhando sem entender. :)


Pronto! Creio que com esse pequeno glossário, você já pode ir no Goiás, comer no Pit Dog sem dar rata e, quando é fé, sentar à sombra de uma arvrona na beira do corguim!

Brasilês - um idioma de muitos sotaques


De volta às aulas, que tal conhecermos um pouco mais o Brasilês, esse rico idioma nacional?

Paraibês

- Josefa, cê vai fazê amô hoji?
- Não, Severino, tô muntcho cansada.
- Arri, égua, mais intão só vô lavá och pé...

Paulistês

- Ôrra, meu, não tô mais agüeintando eiste eingarrafameinto. Paréice que teim um farol a cada dois méitros. Prá piorá, tá seimpre choveindo.

Carioquês

Chiando mais que chaleira cheia de chá no fogo, assim fala o carioca de Ramos, que na feira de Duque de Caxias vende pardal pintado de amarelo como canário:
- Sacumé, mermão, cum menas tauba e menas prego a gente fazemos um rolimã beleza!

No ramal da Leopoldina, vendedores de bala e picolé ensurdecem os passageiros da Central, gritando o tempo todo:
- Olha a bala háus-aí. Olha o picolé-do-china-aí, é com auga firtrada-aí, não é auga de poço-aí, só uma merreca-aí.

Candangolês

- E aí, véi, beleza?
- Beleza, véi.

Gauchês

Na bodega “Último Gole”, antes de pegar a tramontana da roça:
- Bá, tchê, o compadre está mais ressabiado que cusco de mendigo. Ainda que mal pergunte, a comadre soube de seu caso com aquela chinoca?
- Nem te arrespondo, compadre, estou muito abichornado. Prefiro roçar dez coivaras a ter que ouvir aquela tramela lá na tapera. É pior que coice de bagual, mais doído que minuano sujo que navalha a orelha do índio véio na campanha.

Cannabinês

- É, mermão, tá tudo dominado!
- Dominado, tá tudo dominado!...

A origem dos sotaques brasileiros

No século XVI, quando os portugueses colonizaram o Brasil, eles descobriram muitas línguas indígenas, que por sua vez modificaram o português dos primeiros colonos. Os jesuítas simplificaram o tupi-guarani, mas com a expulsão deles em 1759, o português ganhou alterações e se tornou definitivo.

No Brasil, os sotaques, os dialetos e a gíria têm variantes regionais. Acrescentamos à língua portuguesa nossas próprias inovações. Incluímos nela um pouco das línguas dos índios, introduzimos novas formas à gramática; herdadas dos escravos negros e também introduzimos os sotaques de milhões de imigrantes europeus e asiáticos. Deu algo esquisito: um arcaísmo moderno.

Tipos de sotaques

Paulista: é fruto da combinação de influências estrangeiras e de outras regiões brasileiras.

Região Sul: Os tropeiros paulistas entraram no Sul no século XVIII pelo interior, passando por Curitiba. O litoral sulista foi ocupado pelo governo português na mesma época com a transferência de imigrantes das Ilhas Açores. A isso se deve a formação de dois dialetos. Na costa, fala-se "tu", como é comum até hoje em Portugal. No interior de Santa Catarina, adota-se o "você", provavelmente espalhado pelos paulistas.

Carioca: pronuncia “ch" em vez de "s".

Gaúcho: O gaúcho fala um português com mistura de espanhol.

Nordestino: se expressa mais lentamente, enquanto que as entonações do Cearense são muitas vezes incompreensíveis pelos habitantes de outras regiões.

AS VARIAÇÕES DA LÍNGUA

Uma definição geral sobre a variação lingüística torna-se necessária para um melhor aproveitamento dos textos inicialmente postos.

Podemos entender por dialeto as variações de pronúncia, vocabulário e gramática pertencentes a uma determinada língua. Os dialetos não ocorrem somente em regiões diferentes, pois numa determinada região existem também as variações dialetais etárias, sociais, referentes ao sexo masculino e feminino e estilísticas.

Como exemplo de variação regional, encontramos certas palavras possuindo significados que necessitam de “tradução”, caso de “pastelaria” significando para os brasileiros o lugar onde se vende pastel de carne, queijo e palmito basicamente. Em Portugal vamos à pastelaria comprar pães doces, bolinhos e outras guloseimas do gênero. Um carro velho e muito usado é apelidado de “chocolateria” em Portugal, mas no Brasil não se usa esse termo.

Na cidade de Campinas, um fato interessante merece ser mencionado: As pessoas que vieram de diferentes regiões para essa cidade, convivem entre si e entre os “nativos”, promovendo um “intercâmbio” de dialetos regionais. Esse tipo de fato pode gerar mudanças no dialeto do campineiro.

Existem dialetos que evidenciam o nível social ao qual pertence um indivíduo. Os dialetos mais prestigiados são das classes mais elevadas e o da elite é tomado não mais como dialeto e sim como a própria “língua”. A discriminação do dialeto das classes populares é geralmente baseada no conceito de que essa classe por não dominar a norma padrão de prestígio e usar seus próprios métodos para a realização da linguagem, “corrompem” a língua com esses “erros”. No entanto, as transformações que vão acontecendo na língua se devem também à elite que absorve alguns termos de dialetos de classes mais baixas, provocando uma mudança lingüística, e aí o “erro” já não é mais erro... e nesse caso não se diz que a elite “corrompe” a língua.

A camada mais jovem da população usa um dialeto que se contrasta muito com o usado pelas pessoas mais idosas. Os jovens absorvem novidades e adotam a linguagem informal, enquanto os idosos tendem a ser mais “conservadores”. Essa falta de conservadorismo característica no dialeto dos jovens costuma trazer mudanças na língua. Algumas gírias usadas por jovens da década de setenta no entanto não entraram na língua e são hoje em dia raramente usadas como “pisante” para sapato ou “cremilda” para dentadura. A palavra “legal” entretanto, foi aceita e hoje é usada amplamente na linguagem informal, abrangendo todas as faixas etárias.

Esses exemplos comprovam o fato de que nem tudo que é novo e diferente irá se efetivar numa língua, podendo alguns vocábulos simplesmente ir desaparecendo e outros continuarem existindo dentro de um determinado dialeto, ou até abranger seu uso por outros, sem necessariamente cobrir todos os dialetos existentes nessa língua.

As mulheres possuem algumas peculiaridades no uso da língua e os homens possuem outras. Para exemplificar essas variações referentes ao sexo observamos os diminutivos como “bonitinho”, “gracinha”, “menininha”, sendo usados mais pelas mulheres e aumentativos de nomes próprios como “Carlão” e “Marcão” sendo mais usados por homens.

Dependendo do ambiente em que o indivíduo se encontra, ele usará a linguagem coloquial, formal ou informal e essa diferença de tratamento faz parte da variação estilística.

Por último, o dialeto falado também se difere do dialeto escrito.

Alguns dialetos são usados com diferentes sotaques regionais como ocorre na norma culta da língua portuguesa. Os sotaques então, não podem ser confundidos com dialeto, pois o que caracteriza o sotaque é apenas a diferença de pronúncia dos falantes.

“A questão é que certas diferenças fonéticas entre sotaque podem ser estigmatizadas pela sociedade, da mesma forma como certas diferenças lexicais e gramáticas entre os dialetos o são. O sotaque e o dialeto de uma pessoa varia sistematicamente segundo a formalidade ou informalidade da situação em que se encontra. ( Linguagem e lingüística. Uma introdução - John Lyons).”

A partir das definições dadas, várias curiosidades encontradas no texto poderão ser descritas neste trabalho.

A transcrição da fala mostrou que os falantes usam a variante “culta” da língua, porém a variante informal e com características próprias da fala. Mas essas transcrições, podem gerar problemas se levarmos em conta os sotaques usados pelos diversos falantes de uma mesma variante. Alguma palavra poderia ser transcrita de acordo com o sotaque de um determinado falante. Um carioca por exemplo transcreveria “poix é”, diferentemente de um paulista, que usaria “pois é”. Em conseqüência, a transcrição seria lida de forma diferente também. A língua escrita, seja ela formal ou informal possui certas normas gramaticais que facilitam a leitura de qualquer falante. As transcrições fonéticas seriam mais adequadas para melhor diferenciarmos os diferentes tipos de sotaques existentes.

As pessoas que não dominam a escrita como ela é ensinada na escola, tendem a colocar na escrita os traços da fala. Uma característica facilmente encontrada nos textos que diferem a escrita da fala atualmente é o uso de “u” e “i”, no lugar de “o” e “e”. Esse aspecto pode significar uma mudança em andamento na língua. Entretanto não seria correto dizer que essa mudança irá chegar à escrita devido a força que as gramáticas normativas adquiriram na imposição do que é “correto” na língua escrita.

A fala possui algumas peculiaridades que não são encontradas na escrita, e são referentes à funcionalidade e outros fatores que a escrita usa do outro modo para se fazer entender.

É compreensível que as pessoas que não observam com atenção o funcionamento da língua, possam fazer afirmações como: “O português é muito fácil de aprender porque é uma língua que a gente escreve como se fala.” O fato é que freqüentemente não nos damos conta que a mente produz as decodificações necessárias para a compreensão imediata e perfeita da língua. E é claro que aquelas transcrições foram feitas propositalmente, para que se torne mais claro que a linguagem é muito mais complexa do que imagina-se com certa freqüência.