De volta às aulas, que tal conhecermos um pouco mais o Brasilês, esse rico idioma nacional?
Paraibês
- Josefa, cê vai fazê amô hoji?
- Não, Severino, tô muntcho cansada.
- Arri, égua, mais intão só vô lavá och pé...
Paulistês
- Ôrra, meu, não tô mais agüeintando eiste eingarrafameinto. Paréice que teim um farol a cada dois méitros. Prá piorá, tá seimpre choveindo.
Carioquês
Chiando mais que chaleira cheia de chá no fogo, assim fala o carioca de Ramos, que na feira de Duque de Caxias vende pardal pintado de amarelo como canário:
- Sacumé, mermão, cum menas tauba e menas prego a gente fazemos um rolimã beleza!
No ramal da Leopoldina, vendedores de bala e picolé ensurdecem os passageiros da Central, gritando o tempo todo:
- Olha a bala háus-aí. Olha o picolé-do-china-aí, é com auga firtrada-aí, não é auga de poço-aí, só uma merreca-aí.
Candangolês
- E aí, véi, beleza?
- Beleza, véi.
Gauchês
Na bodega “Último Gole”, antes de pegar a tramontana da roça:
- Bá, tchê, o compadre está mais ressabiado que cusco de mendigo. Ainda que mal pergunte, a comadre soube de seu caso com aquela chinoca?
- Nem te arrespondo, compadre, estou muito abichornado. Prefiro roçar dez coivaras a ter que ouvir aquela tramela lá na tapera. É pior que coice de bagual, mais doído que minuano sujo que navalha a orelha do índio véio na campanha.
Cannabinês
- É, mermão, tá tudo dominado!
- Dominado, tá tudo dominado!...
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